Projeto Combatente Brasileiro
O monóculo foi desenvolvido em parceria com a Opto Space & Defense, empresa brasileira de tecnologia de defesa. A iniciativa demonstra que o Brasil domina o conhecimento de visão termal que, diferente da visão noturna, permite a operação independente da luz ambiente, pois converte sinais termais captados por sensores de radiação infravermelha em uma imagem térmica. Nesse sistema, as diferentes cores e tonalidades representam a variação de temperatura dos objetos. Assim, o operador tem um apurado nível de precisão para orientar a partir da imagem produzida no microdisplay Oled. Isso coloca o Brasil em um seleto grupo de menos de dez países que detêm a tecnologia de visão termal, como Estados Unidos, Israel, Reino Unido, França e China.
Desenvolvido de acordo com as diretrizes do Projeto Combatente Brasileiro (COBRA), o monóculo tem cerca de 800 g, 15,5 cm de comprimento, 7,2 cm de largura e 6,7 cm de altura. Entre os atributos técnicos verificados, está a possibilidade de escolha entre duas lentes com distâncias focais de 14 mm e outra de 54 mm, que permitem uma visão mais ampla ou mais aproximada. Já os atributos operacionais certificaram a resistência do equipamento dentro da água e sua resistência ao choque, entre outros requisitos.
Projetado inicialmente para fins bélicos, o equipamento também pode ser utilizado em missões de outra natureza, como as operações de resgate em condições de baixa visibilidade. Durante a fase de testes, o monóculo foi empregado na Operação Taquari II, que resgatou milhares de civis isolados durante as enchentes no Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano.
Galeria de fotos
Fotos: DCT
FONTE: Departamento de Ciência e Tecnologia
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