01 julho 2024

Brasil começa a concretizar ações para dispor de um Sistema de Artilharia Antiaérea de Média/Grande Altura

Lançamento de um míssil antiaéreo indiano Akash SAM

Por LRCA Defense Consulting

Em boa hora, o Brasil começa a concretizar ações no sentido de adquirir um Sistema de Artilharia Antiaérea de média/grande altura.

Por meio da Portaria - EME/C Ex nº 1338, de 21 de junho deste ano, foi aprovada a a Diretriz de Iniciação do Projeto Sistema de Artilharia Antiaérea de Média Altura/Grande Altura e constituída a equipe para a elaboração do Estudo de Viabilidade do Projeto (EV).

O EV deverá ser apresentado ao Chefe do Estado-Maior do Exército no prazo de até 90 dias após a data de entrada em vigor da Portaria, ou seja, até 21 de setembro, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.

Uma situação preocupante

Conforme já escrito por esta Consultoria em matérias anteriores, a situação do Brasil é, em termos de Artilharia Antiaérea, para dizer o mínimo, muito preocupante, pois as Forças Armadas nacionais não possuem nenhuma arma terrestre ou naval que possa fazer frente a ameaças aéreas que operem em média altura (entre 3.000 e 15.000 metros) ou mais, o que significa que todo o trabalho teria que ser feito pelos caças Gripen e F5. Apenas como ilustração relativa à América do Sul, os caças Sukhoi Su-30, F16 e IAI Kfir, existentes em Forças Aéreas de países do nosso continente, têm teto de emprego superior a 15.000 metros.

Embraer C-390 X Akash SAM

Assim, o início dos estudos do Projeto ora descrito e a informação divulgada neste ano pelo Comandante do Exército Brasileiro, de que Índia e Brasil estão considerando um acordo governo a governo na modalidade quid pro quo (expressão latina que significa "tomar uma coisa por outra"), onde a Índia compraria a aeronave multimissão Embraer C-390 Millennium em troca de o Brasil adquirir algumas baterias do sistema de mísseis antiaéreos Akash SAM, assume uma importância estratégica para o País, pelo menos enquanto a indústria brasileira de defesa não tiver condições de desenvolver uma arma similar.

FONTE: LRCA Defense Consulting

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