Recebimento de KC-390 da FAB - Foto: Keven Cobalchini |
Redação Revista ASAS
Estados Unidos, Suécia e outros quatro países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão no foco da Embraer para a venda do cargueiro tático KC-390 Millenium, em uma configuração que traz tecnologias exclusivas para as nações da Aliança. A informação foi dada pelo CEO da Embraer Defesa & Segurança, João Bosco Costa Júnior, durante o Embraer Media Day 2024, ontem, no qual a revista ASAS esteve presente como convidada, através do seu Editor, Claudio Lucchesi.
“Nós queremos nos tornar parceiros do governo dos Estados Unidos”, afirma o executivo. “Se eles tiverem qualquer tipo de requerimento para uma versão dedicada do KC-390, com air refueling boom, por exemplo, nós estamos prontos para colaborar no desenvolvimento”, completa. Para atingir os requisitos da Otan, a Embraer já desenvolveu para Portugal, República Tcheca, Países Baixos (Holanda) e Hungria soluções específicas, sobretudo no campo da comunicação.
Hungria terá a versão sem reabastecimento em voo, chamada de C-390 Millenium - Foto: Embraer |
As vendas para a Europa não devem parar por aí. Além das negociações com a Suécia, publicamente comentadas pelo governo brasileiro como uma compensação para uma eventual aquisição de mais caças F-39 Gripen para a Força Aérea Brasileira, pelo menos outros quatro países europeus já estariam em negociação para a compra do KC-390. Naturalmente, os nomes não foram informados, porém, o otimismo apresentado pelos executivos da Embraer é grande.
Além da substituição dos C-130 de antiga geração, também estão na mira aeronaves de origem soviética e russa. É o caso da Índia, onde o KC-390 poderá substituir a frota de Antonov 32. Outro negócio de destaque poderá ocorrer na Arábia Saudita, operadora de velhos C-130. Ambos os negócios podem se desenrolar nos próximos quatro anos.
Além dos clientes já citados, também foram feitas vendas até agora para Áustria e Coreia do Sul. A Embraer planeja encerrar o ano com dez aeronaves em serviço no mundo, com as cores do Brasil (7 unidades), Portugal (2) e Hungria (1). A empresa destaca ter atingido todas as certificações necessárias e a frota entregue já ter realizado mais de 13 mil horas de voo, com disponibilidade média acima de 80% e cumprimento da missão acima de 99%.
A linha de montagem ainda está longe da sua capacidade máxima e poderá chegar a 18 aeronaves produzidas ao ano: em 2024, foram quatro. Isso significa que há espaço para mais clientes. O plano é escalar essa produção anual até 2030, chegando a doze unidades em 2030, o que também tem exigido esforços em termos de cadeia de suprimentos.
A linha de montagem ainda está longe da sua capacidade máxima e poderá chegar a 18 aeronaves produzidas ao ano: em 2024, foram quatro. Isso significa que há espaço para mais clientes. O plano é escalar essa produção anual até 2030, chegando a doze unidades em 2030, o que também tem exigido esforços em termos de cadeia de suprimentos.
Aeronave de Portugal conta com sistemas específicos para a Otan, diferente dos utilizados nas aeronaves brasileira - Foto: FAP |
A Revista ASAS participou do Media Day na sede da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Para o encontro foram convidados os principais veículos de mídia especializada no mundo, sendo o Brasil representado pela ASAS e pela Aeromagazine.
FONTE: Revista ASAS
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