Força Aérea atua em missões de monitoramento, defesa aérea e transporte aéreo logístico
Por Cap Emília Maria
Nos próximos dois meses, a FAB, por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), também deve distribuir 15.000 cestas de alimentos a comunidades indígenas na região. A ação é coordenada pelo Ministério da Defesa, conforme a Portaria de nº 263, de 16 de janeiro de 2024, e visa à distribuição dos alimentos em caráter emergencial, por meio do Comando Operacional Conjunto Catrimani, ativado no período entre 17 de janeiro e 31 de março de 2024.
Para o apoio aerologístico na Operação Catrimani, a FAB engajou, até o momento, duas aeronaves C-105 Amazonas: uma do Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAV - Esquadrão Arara) e uma do Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1º/15º GAV - Esquadrão Onça), localizados em Manaus (AM) e Campo Grande (MS), respectivamente, que fazem o lançamento de cerca de 140 cestas por voo.
Além disso, quatro aviões C-98 Caravan estão realizando missões em apoio à operação: dois do Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo (7º ETA - Esquadrão Cobra), situado em Manaus (AM), um do Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA - Esquadrão Tracajá), localizado em Belém (PA), e um da Base Aérea de Boa Vista (BABV).
C-105 Amazonas |
Na sexta-feira (19/01), as primeiras 600 cestas entregues pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) chegaram à BABV. De lá, as aeronaves da FAB transportaram os alimentos para a área indígena de Surucucu, de onde as cestas serão distribuídas com apoio de helicópteros das Forças Armadas. A previsão é que a FAB realize o lançamento de cerca de 300 cestas por dia, na base de apoio de Surucucu.
Monitoramento do Espaço Aéreo
O monitoramento na região foi intensificado em 2023 por meio da ativação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) sobre o espaço aéreo sobrejacente e adjacente à TIY, a fim de incrementar as ações de repressão ao garimpo ilegal.
A ZIDA permanece ativada e os sobrevoos previstos estão autorizados, desde que seja preenchido o plano de voo regulamentar e seguidas as regras de tráfego aéreo, além das observações técnicas disponíveis a todos os tripulantes, em especial os NOTAM (Aviso aos Aeronavegantes) G2260/23 e G2261/23.
Avião-radar E-99 |
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) utiliza a rede de radares existente para o controle do espaço aéreo e, em complemento, tem mantido operações inopinadas de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), principalmente com aviões-radar E-99 que aumentam significativamente a capacidade de cobertura do monitoramento realizado diuturnamente pela FAB.
“Trata-se de um cenário dinâmico e de operação complexa, à luz das legislações e protocolos em vigor, em uma área correspondente ao tamanho de Portugal”, ressalta o Coronel Aviador Leonardo Venancio Mangrich, do Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais (CCOA) do COMAE. “Qualquer voo sob monitoramento do controle do espaço aéreo brasileiro é submetido sistematicamente aos processos de identificação e, em sendo necessário, utilizando-se aeronaves de defesa aérea. Isso é um trabalho realizado em todo o território nacional”, completa o oficial.
Fotos: FAB
FONTE: Agência Força Aérea
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