Força prevê desativação de 43 navios até 2028
Por Agência Marinha de Notícias - Rio de Janeiro, RJ
Após quase 30 anos em atividade pela Marinha do Brasil (MB), o Navio de Desembarque de Carro de Combate (NDCC) “Mattoso Maia”, ex-USS Cayuga, da US Navy, deixou o Serviço Ativo da Armada, em cerimônia de Mostra de Desarmamento realizada hoje (7) na Base Naval do Rio de Janeiro, em Niterói (RJ), que contou com a presença de membros do Almirantado e ex-Comandantes do navio.
Este é o quarto meio naval desincorporado da Esquadra brasileira somente em 2023, quando também foram desativados os submarinos “Tamoio”, “Tapajó” e “Timbira”. Até 2028, a MB prevê o descomissionamento de 43 navios (cerca de 40% dos meios operativos da Força), em razão do fim de suas vidas úteis, quando os custos necessários à manutenção desses meios se tornam proibitivos.
O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, vem alertando para a premência da renovação da frota e para a necessidade de recompor recursos, como aqueles destinados para munição e combustível, sob pena de o Brasil ficar em desvantagem perante ameaças estrangeiras.
Na tentativa de contornar essa lacuna orçamentária, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) foi protocolada, em outubro, no Senado Federal, visando garantir um orçamento igual ou superior a 2% do PIB para a Defesa, observada a razoabilidade de um incremento percentual gradual (0,1%/ano).
A proposta está em sintonia com o cenário geopolítico atual, que tem incentivado grandes e médias potências a elevarem seus investimentos para renovar seus sistemas de Defesa. Com relação ao PIB, o Brasil provisionou, nos últimos dez anos, em média, o correspondente a 1,32%, enquanto outros países em desenvolvimento seguem avançando, como a Índia (2,4%), a Colômbia (3%) e o Chile (1,8%).
Além de contribuir para a manutenção e fortalecimento do poder dissuasório, qualificando a inserção do Brasil no cenário internacional, a elevação gradual do orçamento proposta na “PEC da Defesa” pode render dividendos econômicos e sociais internos. Isso se deve à ênfase da PEC nos Programas Estratégicos das Forças Armadas, que preveem o desenvolvimento e fabricação de sistemas e equipamentos em território nacional, atividades intensivas na geração de empregos e no desenvolvimento de ciência e tecnologia.
Sobre o navio
Após quase 30 anos em atividade pela Marinha do Brasil (MB), o Navio de Desembarque de Carro de Combate (NDCC) “Mattoso Maia”, ex-USS Cayuga, da US Navy, deixou o Serviço Ativo da Armada, em cerimônia de Mostra de Desarmamento realizada hoje (7) na Base Naval do Rio de Janeiro, em Niterói (RJ), que contou com a presença de membros do Almirantado e ex-Comandantes do navio.
Este é o quarto meio naval desincorporado da Esquadra brasileira somente em 2023, quando também foram desativados os submarinos “Tamoio”, “Tapajó” e “Timbira”. Até 2028, a MB prevê o descomissionamento de 43 navios (cerca de 40% dos meios operativos da Força), em razão do fim de suas vidas úteis, quando os custos necessários à manutenção desses meios se tornam proibitivos.
O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, vem alertando para a premência da renovação da frota e para a necessidade de recompor recursos, como aqueles destinados para munição e combustível, sob pena de o Brasil ficar em desvantagem perante ameaças estrangeiras.
“A baixa de um meio, sem a correspondente recomposição, pode implicar a degradação de capacidades da Força. Desde 2017, houve uma expressiva frustração orçamentária da ordem de R$ 3,3 bilhões, sendo importante buscar a garantia da regularidade nos recursos das Forças Armadas dentro da proposta de sustentabilidade financeira de 2% do PIB (Produto Interno Bruto), para que o País venha a recuperar as suas capacidades”, observou o Comandante da Marinha.
Na tentativa de contornar essa lacuna orçamentária, uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) foi protocolada, em outubro, no Senado Federal, visando garantir um orçamento igual ou superior a 2% do PIB para a Defesa, observada a razoabilidade de um incremento percentual gradual (0,1%/ano).
A proposta está em sintonia com o cenário geopolítico atual, que tem incentivado grandes e médias potências a elevarem seus investimentos para renovar seus sistemas de Defesa. Com relação ao PIB, o Brasil provisionou, nos últimos dez anos, em média, o correspondente a 1,32%, enquanto outros países em desenvolvimento seguem avançando, como a Índia (2,4%), a Colômbia (3%) e o Chile (1,8%).
Além de contribuir para a manutenção e fortalecimento do poder dissuasório, qualificando a inserção do Brasil no cenário internacional, a elevação gradual do orçamento proposta na “PEC da Defesa” pode render dividendos econômicos e sociais internos. Isso se deve à ênfase da PEC nos Programas Estratégicos das Forças Armadas, que preveem o desenvolvimento e fabricação de sistemas e equipamentos em território nacional, atividades intensivas na geração de empregos e no desenvolvimento de ciência e tecnologia.
Sobre o navio
O NDCC “Mattoso Maia” foi incorporado à MB em 1994 e, ao longo de sua história, ganhou destaque por prestar apoio logístico em ações humanitárias. O navio permitia o transporte de até três mil toneladas de carga, 70 viaturas, 22 Carros Lagarta Anfíbios e 350 militares de tropa embarcada.
No período em que integrou a Esquadra brasileira, o “Mattoso Maia” acumulou a expressiva marca de 1.028 dias de mar, 1,8 milhão de milhas navegadas e 65 abicagens (quando o navio “encalha” na praia, de forma controlada, para realizar o desembarque de tropas anfíbias e carros de combate).
NDCC “Mattoso Maia” durante abicagem em exercício com Fuzileiros Navais – Imagem: Marinha do Brasil |
Em 2004, ele partiu do Rio de Janeiro, com destino à Port-au-Prince, para contribuir com a Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti (MINUSTAH). O navio permaneceu por mais 30 dias na região, prestando apoio logístico à Força de Paz. No mesmo ano, o “Mattoso Maia” voltou à capital haitiana transportando mais de 160 toneladas de suprimentos e 250 fuzileiros navais. O navio visitou diversas vezes o continente para ajudar na redução dos impactos provocados pelo conflito social em Port-au-Prince.
Além da MINUSTAH, o NDCC “Mattoso Maia” participou de outras comissões, como: “COBRAVEM” I e II, em que transportou, a pedido da Organização das Nações Unidas, material e pessoal para Angola, a fim de instalar um contingente brasileiro que colaboraria para a restauração da paz e reconciliação nacional daquele país; e a Operação “Tamandaré”, em que apoiou a cerimônia de translado das urnas do Almirante Tamandaré e sua esposa para a cidade de Rio Grande (RS). Outras comissões relevantes foram: UANFEX, TROPICALEX, ATLÂNTICO, UNITAS, ASPIRANTEX e DRAGÃO.
Mostra de Desarmamento do NDCC “Mattoso Maia”
A cerimônia de baixa do Serviço Ativo da Armada do “Mattoso Maia” foi marcada por emoção. Na ocasião, foi realizada a leitura dos atos de baixa e de exoneração do Comandante do Navio e da Ordem do Dia do Chefe do Estado-Maior da Armada. Em seguida, foi conduzido o último cerimonial à Bandeira a bordo da embarcação.
O Comandante exonerado, Capitão de Mar e Guerra Leonardo Caldas Franco, e a tripulação desembarcaram do “Mattoso Maia”, em marcha, ao som da canção militar “Cisne Branco”. Logo após, houve a assinatura do Termo de Desarmamento, que foi assinado pelas autoridades presentes. A cerimônia foi encerrada com o brado de fora de forma comandado pelo Comandante Franco para a última tripulação do NDCC “Mattoso Maia”.
Assista ao vídeo e veja como foi a desincorporação do “Mattoso Maia”
Galeria de fotos
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Boa tarde amigo Mauricio o senhor sabe se a marinha do Brasil
ResponderExcluirvai comprar um navio para repor o Mattoso Maia?
Olá Fábio, até onde sei, infelizmente, não está previsto a obtenção de novo navio para substituir o Mattoso Maia.
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