Marinha do Brasil inicia processo que buscará uma futura construção do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear
Cerimônia ocorreu hoje no Complexo Naval de Itaguaí no Rio de Janeiro
Nesta quarta-feira (4), a Marinha do Brasil (MB) realizou a Cerimônia do Corte da Primeira Chapa da Seção de Qualificação do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN), no Complexo Naval de Itaguaí (CNI). O evento, realizado pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), representa um marco significativo do processo construtivo do SCPN.
Presidida pelo Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, a cerimônia contou com a presença dos Almirantes de Esquadra Flávio Augusto Viana Rocha e Alexandre Rabello de Faria, e marcou o início da confecção da estrutura que compõe a chamada Seção de Qualificação. O evento contou, também, com a presença de autoridades civis e militares, além de representantes do setor nuclear, acadêmico e empresarial.
Processo construtivo da Seção de Qualificação |
Seção de Qualificação do Submarino |
Posição da Seção de Qualificação no Submarino |
O SCPN, objetivo principal do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, é o mais ambicioso programa estratégico da Marinha, pois capacita o País a projetar e a construir submarinos convencionais e com propulsão nuclear, tendo como base principal a transferência de tecnologia, a nacionalização de equipamentos e sistemas, bem como a capacitação de pessoal, além de contribuir de forma expressiva com a geração de milhares empregos. No momento, o projeto envolve cerca de 1.500 trabalhadores, entre militares e civis. O programa, no entanto, tem capacidade de gerar até 24 mil empregos diretos e 40 mil indiretos.
Durante o evento, o presidente da Itaguaí Construções Navais (ICN), Renaud Poyet, destacou a satisfação de fazer parte deste dia junto a todos os responsáveis por atingir esta grande conquista. “O Brasil está dando um passo que vai elevar a nossa tecnologia ao nível de países como a França, os Estados Unidos, a China, a Inglaterra e a Rússia. E a Marinha do Brasil no comando deste moderno submarino terá todas as condições de proteger o vasto litoral brasileiro”, disse o presidente Poyet.
O Diretor-Geral Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, acompanhado do Presidente da ICN e do Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, Vice-Almirante (Engenheiro Naval da Reserva) Sydney dos Santos Neves, realizou o acionamento do dispositivo de corte, dando início à nova etapa de construção.
Primeiro corte das chapas |
Na sequência, o Almirante Petronio destacou o extraordinário salto tecnológico que o Programa representa para o Brasil, contribuindo de forma substancial para que o setor de defesa atinja um patamar estratégico relevante em proveito dos legítimos interesses do Estado brasileiro. “Navegamos, devidamente abalizados, rumo à conquista de um sonho, o Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear, uma aspiração legítima para um País com vocação em garantir sua soberania, defender as suas riquezas e o seu povo”, afirmou.
A soldadora Danusa Morais comenta que se sente extremamente orgulhosa em fazer parte do PROSUB. “Fomos capacitados aqui no CNI já que a solda que será utilizada no SCPN exige capacitação específica e muita qualidade.”
De acordo com a Dra. Inayá Corrêa Barbosa Lima, Professora do curso de Engenharia Nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PEN/COPPE/UFRJ), a participação das universidades e dos institutos de pesquisas nas atividades do PROSUB assegura a disseminação do conhecimento do setor nuclear no País, possibilitando a retenção de capital intelectual evitando a “fuga de cérebros” da nação brasileira”..
Galeria de fotos:
A soldadora Danusa Morais comenta que se sente extremamente orgulhosa em fazer parte do PROSUB. “Fomos capacitados aqui no CNI já que a solda que será utilizada no SCPN exige capacitação específica e muita qualidade.”
De acordo com a Dra. Inayá Corrêa Barbosa Lima, Professora do curso de Engenharia Nuclear da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PEN/COPPE/UFRJ), a participação das universidades e dos institutos de pesquisas nas atividades do PROSUB assegura a disseminação do conhecimento do setor nuclear no País, possibilitando a retenção de capital intelectual evitando a “fuga de cérebros” da nação brasileira”..
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FONTE: Agência Marinha de Notícias
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