Os quatro últimos militares fizeram o Delta Conversion Training na Força Aérea Sueca que incluiu aulas teóricas, práticas e voos em simulador
Por Redação Forças de Defesa
O curso, ministrado pelo Esquadrão Phoenix da Força Aérea Sueca, é dividido em duas etapas. O Conversion Training, com 11 semanas de duração e 50 voos por piloto, compreende a operação básica do caça tanto em missões solo quanto em formação nos períodos diurnos e noturnos. Já o Combat Readiness Training engloba 25 voos em aproximadamente nove semanas de duração onde são exploradas as capacidades de combate ar-ar do caça com o emprego dos mísseis, do canhão e da utilização da interface-homem máquina, um dos principais destaques do Gripen.
“O Esquadrão Phoenix é vocacionado para o treinamento de pilotos de Gripen e nós somos equipados da maneira adequada para isso, incluindo com simuladores de voo. Os pilotos brasileiros são muito bem treinados e chegam aqui com grande experiência operacional, tanto aqueles oriundos das unidades de F-5M quanto de AMX. Eles aprenderam muito rapidamente sobre o funcionamento do Gripen, como configurá-lo e voá-lo”, revelou o Major Richard Carlqvist, comandante do Esquadrão Phoenix.
O Gripen Centre funciona como hub para a formação dos pilotos que vão voar o Gripen, tanto das nações estrangeiras quanto da própria Força Aérea Sueca. Ao longo do curso, os alunos treinam no Gripen C/D, de um e dois assentos respectivamente. Mesmo sendo versão diferente dos caças adquiridos pelo Brasil, esse contato é fundamental, pois ajuda os pilotos na compreensão da filosofia dos sistemas, do seu modo de operação e de como funcionam os seus comandos de voo, tendo em vista a similaridade em alguns aspectos entre as aeronaves.
“Depois de adaptados ao Gripen C/D, na Suécia, nossos pilotos terão a sua conversão para o Gripen E realizada inteiramente no Brasil com os meios já disponíveis no 1º GDA, principalmente pelas estações de planejamento e dos simuladores de voo. Os cursos são realizados no âmbito do 1º GDA e ministrados pelos pilotos suecos já selecionados para permanecerem na Base Aérea de Anápolis na função de instrutores de voo e que, juntamente com os pilotos brasileiros, iniciaram a conversão e a implantação operacional do vetor”, explicou o Tenente-Coronel Aviador Gustavo de Oliveira Pascotto, comandante do 1º GDA.
O Programa Gripen Brasileiro envolve uma grande transferência de tecnologia entre Brasil e Suécia e a interação dos dois países é constante, gerando benefícios para ambos os envolvidos.
“A cooperação entre as forças aéreas da Suécia e do Brasil é muito boa e acontece em vários níveis. Nós recebemos os pilotos de caça brasileiros aqui em Såtenäs, mas nós também temos um grupo de suporte da nossa base que está em Anápolis ajudando a FAB na introdução em serviço do Gripen E. A cooperação e as conversas entre as equipes são muito boas”, disse o Coronel Adam Nelson, comandante da F 7 Wing.
Relembre os treinamentos
O Gripen Centre na F 7 Wing já recebeu 17 pilotos da FAB. O atual comandante do 1º GDA, o Tenente-Coronel Aviador Gustavo Pascotto, e o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas foram os primeiros pilotos da FAB a realizarem o curso o Gripen C/D, ainda como capitães, em 2014. Na sequência, foi a vez de três pilotos de testes do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo da FAB, com o Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira, ainda no posto de major, tendo sido o primeiro brasileiro a voar o Gripen E, fechando agora com as três turmas de quatro pilotos operacionais cada.
Sobre a Saab
A Saab é uma empresa líder no segmento de defesa e segurança com a contínua missão de ajudar nações a manter a segurança da população e da sociedade. Com a força de 19.000 funcionários, a Saab está em constante expansão das fronteiras tecnológicas para criar um mundo mais seguro, sustentável e igualitário. A Saab desenvolve, produz e mantém sistemas avançados em aeronáutica, armamentos, comando e controle, além de sensores e sistemas subaquáticos. A Saab tem sua sede na Suécia, tem operações de grande porte em todo o mundo e faz parte dos recursos de defesa de diversas nações.
No Brasil, a Saab mantém uma parceria de longo prazo e fornece diversas soluções avançadas, tanto civis quanto militares. Com o Programa Gripen, a empresa estabeleceu uma ampla transferência de tecnologia que está beneficiando a indústria de defesa nacional.
Divulgação: Saab / MSL Group
FONTE: Poder Aéreo
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