A Embraer espera anunciar o primeiro pedido da versão A-29N otimizada para a Otan de seu Super Tucano ainda este ano, depois de ter demonstrado a aeronave de ataque leve turboélice para vários membros da aliança.
Falando em 26 de maio nas instalações da OGMA em Alverca, perto de Lisboa, Portugal - onde o demonstrador A-29N está baseado - o CEO da Embraer Defense & Security, Bosco da Costa Junior, disse "esperamos ter um cliente de lançamento este ano". Ele identifica a Holanda e Portugal, além da Áustria, como alguns dos países que voaram o modelo.
A empresa lançou o A-29N em meados de abril, "com um foco inicial em atender às necessidades das nações da Otan na Europa".
A Embraer afirma ter vendido mais de 260 Super Tucanos para 16 forças aéreas. A frota global acumulou um total de 535.000 horas de voo, incluindo 60.000 em operações de combate.
"É uma plataforma totalmente comprovada", diz da Costa Junior, que destaca sua utilidade como um ativo multimissão.
"Estamos buscando o uso do A-29 na comunidade da Otan como treinador defensivo, treinador JTAC (joint terminal attack controller) e para reconhecimento - essas são as demandas que estamos ouvindo neste mercado", diz ele.
"Os países com os quais estamos em contato... gostariam de usar suas aeronaves para uma operação mais simples em um ambiente de guerra”.
"Voar um caça de quinta geração é tão caro... a hora de voo deste avião é muito econômica, então acreditamos que este avião poderia desempenhar um papel muito importante para as nações da Otan", diz da Costa Junior.
A Embraer está no processo de definir as adaptações necessárias para a operação do A-29 pelos membros da Otan, que se concentrarão principalmente em atualizações dos sistemas de comunicação e datalink. "Temos a intenção de adicionar equipamentos, incluindo um display grande e inteligente... no país do cliente de lançamento", revela.
Atualmente, não há operadores europeus voando com o Super Tucano, com os clientes existentes da Embraer localizados na África, Ásia-Pacífico, América Latina, Oriente Médio e América do Norte.
A Embraer acredita que existe um mercado global viável para fornecer 500 A-29 nos próximos 20 anos, e esse volume de negócios pode valer até US$ 6,5 bilhões.
Para apoiar sua ambiciosa meta de vendas, a unidade de defesa da empresa nomeou Frederico Lemos, residente em Portugal, para o novo cargo de diretor comercial para negócios internacionais. O objetivo é "aproveitar o excelente momento do C-390 Millennium e do A-29 Super Tucano no mercado global", afirma a empresa.
Lemos, um ex-engenheiro da Força Aérea Portuguesa, esteve envolvido anteriormente na promoção e venda de cinco aviões de transporte tático KC-390 para Lisboa. O primeiro desses jatos será entregue ainda este ano.
Tradução e Adaptação: Defesa Brasil Notícias
FONTE: FlightGlobal
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