01 março 2023

Saab inaugura escritório em Anápolis para apoio à operação do Gripen


Um novo escritório da Saab foi inaugurado em dezembro para acompanhar as atividades da Força Aérea Brasileira (FAB) e os funcionários da Saab que atuam na Base Aérea de Anápolis (BAAN). À Saab em Foco, Åsa Juskär, gerente geral do escritório, contou quais serão as atividades no local e a importância de estar próximo ao cliente.

Åsa Juskär - gerente geral do novo escritório em Anápolis

1. Qual o objetivo de ter um escritório da Saab em Anápolis?

ÅJ: A Saab precisa estar presente em Anápolis para apoiar a entrega dos caças e o programa de suporte e manutenção do Gripen. De acordo com o contrato, durante quatro anos funcionários da Saab trabalharão dentro da BAAN, junto com técnicos da FAB para dar todo o suporte necessário à operação. É importante estarmos na cidade e próximos do cliente. A estrutura garante que tenhamos boas relações com a FAB, além de condições de trabalho bem estabelecidas e com conexões seguras com a Suécia.

2. Quem são esses profissionais que estarão baseados em Anápolis?

ÅJ: Será uma mistura de pessoas que vão morar aqui por 1, 2 anos ou mais. Ao todo, cerca de 10 funcionários suecos e brasileiros estarão em atividades administrativas, de logística, além de técnicos, pilotos e instrutores.

3. Que tipo de trabalho será realizado no escritório?

ÅJ: O local será um apoio administrativo, com a responsabilidade de adquirir e administrar o que for necessário para a manutenção e suporte das aeronaves no país. O espaço também conta com infraestrutura para apoiar os funcionários da Saab em seu trabalho diário e receber os visitantes suecos, que serão muitos nos próximos anos.



4. Quais foram os principais desafios antes que o escritório pudesse estar funcionando?

ÅJ: Começamos o projeto ainda durante a pandemia, então os desafios não foram poucos. Não pude visitar Anápolis até setembro de 2021. Todas as discussões iniciais com no Brasil e em Linköping foram feitas diretamente da cozinha de minha casa! Não foi nada fácil montar um time e criar relações fortes por teleconferência, mas todos nós passamos por isso durante a pandemia. O apoio das equipes de São Bernardo, São Paulo e Brasília, e do time de TI foram cruciais para a realização do projeto.

5. Como tem sido a sua experiência no Brasil e em Anápolis?

ÅJ: Anápolis é uma cidade simpática, segura e com pessoas muito amigáveis. Não posso reclamar. Fui muito bem recebida e já tive a oportunidade de fazer novos amigos. O escritório é pequeno então todos se ajudam. Temos uma cultura de trabalho saudável na Saab que prioriza não apenas o bom funcionamento do trabalho, mas também um ótimo relacionamento entre os colegas e o cliente. No meu tempo livre aproveito para passear pela cidade e para fazer algumas viagens curtas de fim de semana, como para Pirenópolis, para me reconectar com a natureza.

6. Como é a relação dos funcionários da Saab com a Força Aérea Brasileira em Anápolis?

ÅJ: Nós nos reencontramos com alguns técnicos da FAB que conhecemos na Suécia, quando foram realizados seus treinamentos em Linköping. A equipe local da FAB é muito simpática e nos recebeu bem aqui. Desde julho acompanhamos de perto as instalações dos equipamentos de suporte, como os simuladores de voo do Gripen.

7. Que tipo de serviços de reparos estão à cargo da FAB na BAAN, e quais serão responsabilidade da Saab?

ÅJ: O cliente fará principalmente reparos de Nível 1 e Nível 2, e, em pequena escala, algumas manutenções de Nível 3. Eles construirão alguns prédios secundários para reparo dos equipamentos do piloto (como máscara, traje anti-G e capacete), rodas e pneus, baterias, armamentos e assentos ejetáveis. Na planta da Saab em São Bernardo do Campo faremos a manutenção dos radares e dos sensores de guerra eletrônica. Outros componentes de aviônicos terão a manutenção realizada pela AEL em Porto Alegre e as grandes inspeções serão feitas nas oficinas da Saab na Suécia.

8. O que você considera ser seu maior desafio, profissional e pessoal, nessa jornada?

ÅJ: Um desafio profissional com certeza é relacionado às complexas leis fiscais brasileiras para questões como compra, transporte, e importação de peças. Tenho muito a aprender em relação às regras de contabilidade, mas ainda bem que posso contar com a ajuda de colegas que são especialistas no assunto. Pessoalmente devo dizer que o Português é uma língua difícil e poucas pessoas falam inglês em Anápolis. Estou praticando, mas vou precisar me dedicar mais às aulas, pois conseguir se comunicar na língua local de maneira adequada vai facilitar muito a minha vida.


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