Mais de oito décadas atuando na Tarefa de Proteção da Força em prol da missão constitucional da FAB
Nestes 81 anos, a Infantaria da Aeronáutica se faz presente e essencial ao cumprimento da missão da Força Aérea Brasileira de “Manter a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional, com vistas à defesa da Pátria”. É assim que, atualmente, executa as mais variadas atividades operacionais associadas às três áreas de atuação: Segurança e Defesa, Defesa Aeroespacial e Operações Especiais, todas voltadas conjuntamente para Ações de Força Aérea específicas.
A área de Segurança e Defesa inclui Segurança das Instalações, Polícia da Aeronáutica e Autodefesa de Superfície – esta, por sua vez, em pleno desenvolvimento. Já a de Defesa Aeroespacial corresponde à Ação de Defesa Antiaérea; e a de Operações Especiais abrange as Ações Diretas, o Reconhecimento Especial, o Contraterrorismo e o Guiamento Aéreo Avançado. Além de tais áreas, os militares de infantaria também podem executar ações de Busca e Salvamento e Busca e Salvamento em Combate.
A cada ação corresponde um ou mais conjuntos de técnicas, táticas e procedimentos específicos, que representam as atividades operacionais. A partir do mapeamento dessas atividades, é possível identificar os conhecimentos, habilidades e atitudes associados ao exercício de cada uma delas, permitindo o estabelecimento do processo de preparo operacional da Tropa de Infantaria.
Nos últimos anos, a partir dos conflitos armados dos séculos XX e XXI, desencadeados no contexto mundial, o domínio do ar e a capacidade para gerar e sustentar as surtidas aéreas, contra uma força adversa, fizeram com que a Força Aérea Brasileira (FAB) dispusesse de certo número de aeródromos e sítios de vigilância do espaço aéreo, capazes de serem mantidos para apoiar estas missões.
Assim, iniciou-se o desdobramento relacionado à implementação da Autodefesa de Superfície na FAB, a fim de gerar capacidade para proporcionar às instalações aeronáuticas um ambiente seguro, pela detecção, engajamento e neutralização de forças hostis que ameacem a sua operação, empregando tropa especializada, no contexto de um ambiente mais amplo e complexo, o que envolve a presença de um oponente, disposto a infringir danos à capacidade de operação de vetores aéreos, quando em sua condição mais vulnerável: estacionados ou operando em solo, bem como nas manobras de pouso e de decolagem.
O Comando de Preparo (COMPREP), por intermédio da Subchefia de Segurança e Defesa, desempenha importante trabalho na edição de normas e publicações doutrinárias, que alcançam não apenas as 33 Unidades de Infantaria distribuídas pelo território nacional, mas também, todas as Organizações Militares, por meio do Sistema de Segurança e Defesa do Comando da Aeronáutica (SISDE).
Nos últimos anos, as experiências colhidas com a participação nos Grandes Eventos, nos Exercícios Conjuntos, nas Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e nas Operações de Paz, sob a égide da ONU, proporcionaram um ganho operacional significativo, contribuindo para o aperfeiçoamento técnico e envolvimento ainda maior com a carreira.
Neste sentido, a palavra interoperabilidade define a atuação da Infantaria da Aeronáutica, uma vez que abrange a soma de esforços, a integração das ações e a compatibilização das técnicas, táticas e procedimentos aplicados a diversas atividades.
Formação dos Oficiais
Os Oficiais Infantes são formados na Academia da Força Aérea (AFA) onde estudam não somente as disciplinas obrigatórias de nível superior, mas também recebem instruções do campo técnico-especializado.
As instruções militares compõem o currículo de formação dos cadetes e visam capacitá-los para o desempenho da liderança. Elas têm ainda o objetivo de oferecer a oportunidade de aplicação das técnicas e táticas aprendidas ao longo do curso acadêmico.
Também são realizados diversos intercâmbios com outras academias militares de nações amigas, como os Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai, entre outros, a fim de promover o enriquecimento cultural do cadete.
Ao final dos quatro anos de formação, o cadete é declarado aspirante a oficial, devolve o espadim de cadete e empunha definitivamente a espada de oficial da Força Aérea, na formatura de conclusão de curso.
A partir de então, o aspirante ou oficial, durante a carreira, passa pelo processo de progressão operacional, por meio de cursos, estágios e experiências adquiridas em diversas organizações, a fim de aprimorar as habilidades que permearam o Curso de Formação de Oficiais de Infantaria.
Formação dos Sargentos
Os Sargentos da especialidade de Guarda e Segurança (SGS) passam quatro semestres letivos na Escola de Especialistas da Aeronáutica, realizando o Curso de Formação de Sargentos (CFS) na condição de aluno. A instrução no CFS abrange os Campos Geral, Militar e Técnico-Especializado e tem a finalidade de formar técnicos militares na especialidade de Guarda e Segurança para atender às necessidades da FAB.
A contínua expansão das atividades da Infantaria da Aeronáutica levou a considerar a reestruturação da carreira do Sargento SGS, acarretando na definição da Progressão Operacional dos Graduados da Especialidade de Guarda e Segurança do Quadro de Suboficiais e Sargentos, delineando sua formação operacional, especialização em áreas distintas de atuação, além da contínua elevação de suas qualificações.
Os Sargentos desempenham um papel de extrema importância no processo de cumprimento das metas e dos objetivos a serem alcançados pelas Organizações Militares, uma vez que constituem o principal elo de ligação entre o comandante e o soldado mais moderno.
Neste contexto, o Sargento SGS é um dos elementos mais importante nas operações terrestres, exercendo papel fundamental na manutenção da motivação da tropa para que sejam cumpridas as atribuições da Infantaria da Aeronáutica.
Fotos: Suboficial Jonhson/ Cecomsaer
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