No dia 10 de agosto de 2022, o 33° Batalhão de Infantaria Mecanizado (33° BI Mec), de Cascavel (PR), e subordinado à 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (15ª BdaInfMec), recebeu suas primeiras nove viaturas blindadas multitarefa – leve sobre rodas (VBMT-LR) 4X4 LMV-BR, sendo esta a precursora do novo modelo no Exército Brasileiro (EB).
No 33º BI Mec serão instaladas as torres manuais MR550 Platt e os sistemas de comando controle (C2) e, na próxima semana, começa o curso de motoristas, sob a coordenação da Diretoria de Fabricação (DF).
Este é o primeiro lote de VBMT-LR 4X4 a ser entregue à 15ª BdaInfMec, que deverá receber 31 dos 32 recém adquiridos (o outro deverá ser entregue ao Centro de Instrução de Blindados), sendo que algumas das próximas viaturas já devem estar equipadas com sistemas de armas remotamente controlados (SARC) REMAX.
A DF prossegue trabalhando intensamente no projeto de obtenção do aludido sistema, com vistas a incrementar as capacidades do EB no ambiente operacional e, de acordo com o general de Divisão Tales Eduardo Areco Villela, diretor de fabricação do Exército, “Seguimos na missão precípua de gerar poder de combate produzindo soberania tecnológica e fabril”.
Entre os dias 1 e 4 de agosto, integrantes da DF acompanharam o Teste de Aceitação de Campo (TAC) da integração do SARC REMAX 3A0 à VBMT-LR 4X4, no 4° Depósito de Suprimento (4° D Sup), com apoio da empresa Ares. Essas são as primeiras integrações para serem enviadas à 15ª BdaInfMec (Fotos: DF)
O programa
Desde meados da década passada, o EB manifestava interesse na possível aquisição de um blindado 4X4. Inicialmente, os estudos da Nova Família de Blindados Médio sobre Rodas (FBMR), depois transformado em Programa Estratégico do Exército (Prg EE) GUARANI, contemplavam a aquisição de uma viatura blindada de reconhecimento leve sobre rodas (VBR-LR).
Em 29 de novembro de 2013, o Estado-Maior do Exército (EME) aprovou o estudo de viabilidade do veículo dessa categoria, agora renomeado como VBMT-LR, basicamente um blindado da classe 4X4, com um peso máximo de oito toneladas e espaço para uma guarnição de cinco homens. Posteriormente foi revelado que o EB teria a intenção de adquirir um total de 186 unidades, sendo 32 em um primeiro momento, por compra direta, via importação, e mais dois lotes de 77 veículos, montados no Brasil e com aumento gradativo da nacionalização de seus componentes.
Diversas empresas apressaram-se em participar desse programa, no entanto, apenas os modelos Iveco M65 LMV, Renault Trucks Defense (atual Arquus) Sherpa Light (representado pela Avibras com o nome de “Tupi”), INBRA Gladiador BLSR, BAE Systems RG32M LTAV e AM General/Plasan MLTV se apresentaram, dentro dos prazos, para os testes no Centro de Avaliação do Exército (CAEx). No Diário Oficial de 03 de outubro de 2014, foi anunciada a pré-qualificação de todos os veículos, exceto o da INBRA.
No dia 06 de abril de 2016, o Escritório de Projetos do Exército (EPEx), em reunião decisória especial, publicou que a viatura Iveco LMV foi declarada vencedora, e o contrato do primeiro lote foi assinado em 06 de novembro de 2019.
Teste de Aceitação de Campo do REMAX 3A0 no VBMT-LSR
Em busca de um nome
LMV significa “Light Multirole Vehicle”, e foi dado pela Iveco (atual IDV) para nomear seu projeto lançado em 1990. Foi adotado por cerca de duas dezenas de países, sendo que alguns adotaram um nome nacional, como “Lince” na Itália, “Panther” no Reino Unido, “Rys” na Rússia, dentre outros.
Aqui no Brasil o assunto veio à tona, sendo que existe a possibilidade do EB, via o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx), fazer uma enquete pública para a escolha de seu nome, como ocorreu em 2009, com a escolha do nome “Guarani” para a VBTP-MSR.
Alguns dos nomes propostos são:
- Jaguatirica: felino de menor porte que o Leopardo e de elevada mobilidade, presente em biomas brasileiros. Segue “linha” da década de 90 da tradição felina;
- Xetá: povos do Paraná conhecidos por serem nômades e adaptáveis. Segue “linha” aberta pela VBTP Guarani da tradição indígena;
- Charrua: povo indígena da região platina, nomeia a 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada;
- Tupinambá: povos indígenas brasileiros que habitavam regiões da costa brasileira;
- Mundurucu: povos indígenas brasileiros conhecidos pelos colonizadores como “Caçadores de Cabeças”; e
- Pitaluga: patrono do 15° Regimento de Cavalaria Mecanizada, atuante na FEB e posteriormente chegou ao generalato.
Com informações da Diretoria de Fabricação
FONTE: Tecnologia & Defesa
Show de máquina, nome : Xetá
ResponderExcluirBrazuca.
ResponderExcluirJaguatirica ou Xetá
ResponderExcluirCharrua ou Jaguatirica
ResponderExcluirMundurucu
ResponderExcluirJaguatirica.
ResponderExcluirPitaluga
ResponderExcluirCharrua.
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