Os estudos para desenvolvimento do avião leve STOUT pela Embraer será formalmente cancelado pela FAB
STOUT foi apresentado pela FAB e Embraer no final de 2020 e previa um turboélice híbrido - Reprodução
A Força Aérea Brasileira deverá formalmente cancelar o programa de desenvolvimento de um novo avião turboélice leve, conhecido por STOUT. O avião deveria ser desenvolvido e construído pela Embraer, com objetivo de substituir a frota atual de Bandeirante, ainda em serviço.
As restrições orçamentarias, somado as prioridades de desenvolvimento de outros projetos, levaram o Comando da Aeronáutica a suspender o Memorando de Entendimento celebrado com a Embraer para o novo avião.
Ainda que o STOUT fosse um conceito, visto que previa uma motorização híbrida, com dois motores turboélices convencionais e dois propulsores elétricos, havia intenção de viabilizar um avião capaz de substituir em especial os veteranos C-95 Bandeirante, que somam mais de 50 anos no inventário da FAB, além dos C-97 Brasília.
Durante café da manhã com a imprensa especializada, o Comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Jr, explicou que entre os motivos da mudança do entendimento é a necessidade de destinar recursos para a compra de um segundo lote do Gripen. A intenção da FAB é obter recursos para ao menos mais 26 unidades do caça Gripen, que ao final somará 66 aviões entre as versões F-39E (monoplace) e F-39F (biplace).
O STOUT, embora importante para substituição dos meios de transporte leve, não deverá ser retomado, com seu programa sendo oficialmente cancelado em até dois meses.
Embora não tenha sido citado, entre as opções futuras para o STOUT está a compra de aeronaves leves existentes no mercado, o que permite reduzir os custos dos investimentos e receber os aviões no curto prazo após a assinatura do contrato.
FONTE: AERO Magazine
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