Super Tucano se tornou um dos principais elementos de estabilização do conturbado país
A-29 Super Tucano é empregado em missões contra terroristas e no treinamento de pilotos da recém criada Força Aérea Afegã
Em relatório divulgado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos (DoD), o A-29 Super Tucano foi considerado a espinha dorsal nas operações militares da Força Aérea do Afeganistão. O avião brasileiro foi negociado com o governo afegão através de um suporte logístico e financeiro dos Estados Unidos.
A Força Aérea do Afeganistão (AAF, na sigla em inglês) tem ampliado sua capacidade operacional, de planejamento e condução operacional, grande parte atrelado aos seus A-29 Super Tucano. O avião é amplamente utilizado em missões de combate a grupos insurgentes, permitindo a manutenção da estabilidade política do conturbado país.
A AAF dispõe de três divisões e 18 destacamentos, com uma frota é composta por C-130, A-208, MD-530, C-20, Mi-17, além dos Super Tucanos. O avião de ataque da Embraer tem apresentado expressivos avanços para a doutrina da recém estabelecida Força Aérea Afegã.
Mesmo com uma importante participação militar, os A-29 estão passando por um processo de adequação operacional, atendendo a um desejo do Afeganistão em ter a sua disposição munições de precisão. A AAF capacitou mais de 50 novos pilotos nos últimos meses, que de acordo com o relatório norte-americano, as tripulações afegãs demonstraram progresso consistente na seleção de alvos e na estimativa de danos colaterais, com impressionante capacidade de minimizar as baixas civis.
Mesmo com avanços, o relatório aponta alguns dos pontos deficitários da AAF, como problemas de manutenção, com a maioria do suporte prestado por empresas dos Estados Unidos, através de contratos de serviço, além da total dependência no fornecimento de peças e suporte técnico para aeronaves como o C-130, UH-60A, MD-530.
A única aeronave que força afegã é capaz de realizar manutenção em 95% dos componentes é do Mi-17 de fabricação russa. O modelo é conhecido por sua robustez e manutenção simples, aliado ao conhecimento prévio de algumas equipes afegãs no helicóptero.
Para consultores dos Estados Unidos, o Afeganistão necessita de um plano voltado para a sua manutenção, procedimentos padronizados e melhor liderança.
FONTE: AERO Magazine
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