O ministro da Defesa apresentou uma série de projetos no âmbito das Forças Armadas, para os quais a indústria brasileira tem potencial de fornecimento.
“Os projetos sofrem um pouco por causa da parte orçamentaria e essa é minha briga diária. A base industrial de defesa é outra preocupação, mas tenho tido resultados positivos. É um governo que entende de Defesa. Santa Catarina é muito importante nesse processo e tem perspectiva futura, talvez mais acentuada do que os outros estados. A tendência é ter mais empresas. O papel principal do Ministério é tirar os entraves, os gargalos e a burocracia excessiva”, declarou Azevedo e Silva.
Em relação aos quatro navios classe Tamandaré, que serão construídos num estaleiro de Itajaí, Azevedo e Silva informou que sua execução deve aglutinar cerca de 50 empresas.
A criação da feira é reflexo direto do trabalho do Comitê, que nasceu em 2016 para aproximar a indústria catarinense das Forças.
O governador Carlos Moisés da Silva ressaltou que a Expo Defense é uma iniciativa importante para a área de segurança e defesa nacional e destacou a relevância econômica da execução do projeto da Marinha em Itajaí.
“O estado foi agraciado com investimentos que irão fomentar o desenvolvimento, gerando emprego, renda e arrecadação. Santa Catarina tem vocação natural para ser um estado inovador. É um berço de criatividade”, declarou.
Durante a cerimônia, foram assinados dois protocolos de intenções: um entre o Comdefesa e a Emgepron, com o objetivo de ampliar o desenvolvimento de ações conjuntas de aproximação com a indústria, e o outro entre a Emgepron e a Itajaí Participações, com foco no fomento do cluster naval da região.
Empresários catarinenses reconhecem oportunidades de negócios com as Forças Armadas
Empresários que participaram da SC Expo Defense tiveram a oportunidade de conhecer os projetos estratégicos em fase de planejamento e de execução pelas Forças Armadas brasileiras, prevendo transferência tecnológica e nacionalização de componentes, com possível geração de negócios para companhias locais. Gerente do Empreendimento Modular de Obtenção de Submarinos da Marinha, o Contra- Almirante Celso Mizutani Koga destacou que empresas catarinenses já colhem resultados do projeto de fabricação de submarinos no País – o Prosub. Desenvolvido em parceria com a França, o programa da Marinha brasileira tem quatro unidades em produção.
“A nacionalização de equipamentos e sistemas é fundamental em todos os projetos que desenvolvemos, para garantir o desenvolvimento de fornecedores no Brasil em futuros projetos ou na manutenção dos equipamentos”, diz o Contra-Almirante.
A construção de um submarino com propulsão nuclear, cujo início é esperado para 2022, foi outra iniciativa apresentada, agora em fase de detalhamento, que prevê a transferência de tecnologia para a indústria local.
O Exército e a Aeronáutica também apresentaram projetos que podem gerar negócios futuros para empresas catarinenses. O Comandante de Defesa Cibernética, General de Divisão Guido Amin Naves, destacou que há hoje uma ameaça bastante diversificada na chamada “guerra cibernética”, com a possibilidade de ataques vindos de qualquer local, a qualquer hora. Durante a Copa do Mundo, por exemplo, foram neutralizados mais de 700 ataques a sistemas de informação ligados ao evento. A tendência, segundo ele, é de que ataques a sistemas sejam cada vez mais comuns, exigindo uma preocupação constante em aperfeiçoar defesas.
“As empresas de tecnologia de Santa Catarina, reconhecidas nacionalmente, podem participar desse esforço”.
O painel sobre iniciativas estratégicas das Forças Armadas teve a participação do Presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais, Major Brigadeiro do Ar Paulo Roberto de Barros. Ele destacou o projeto brasileiro de desenvolvimento de satélites e o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE).
Santa Catarina está atenta às necessidades e ao potencial do setor aeroespacial. A programação da SC Expo Defense incluiu duas apresentações do Diretor do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, Pierre Mattei. No dia 28, ele detalhou a experiência da criação de um hub de inovação aeroespacial, iniciativa que tem a parceria do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), da UFSC, da Udesc, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), da Força Aérea Brasileira, entre outras instituições.
Acesse o site scexpodefense.com.br e saiba mais
Fotos: Keven Cobalchini
FONTE: Ascom Ministério da Defesa
Nenhum comentário:
Postar um comentário