A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu neste sábado seu primeiro par de jatos Embraer Phenom, produzidos nos Estados Unidos da América
FAB3702, o segundo Phenom 100 da Força Aérea Brasileira (Foto: Thiago Denz / Bizzjetters.net)
As duas aeronaves chegaram na tarde de ontem (13) no Aeroporto de Boa Vista, onde foram flagradas pelo spotter Thiago Denz. São os dois primeiros Embraer Phenom 100EV que a FAB irá receber.
Os jatos executivos foram produzidos na fábrica da Embraer em Melbourne, no sul da Flórida. De lá fizeram duas escalas no Caribe: uma em San Juan, Porto Rico, e outra em Bridgetown, capital de Barbados.
As aeronaves de matrículas FAB3701 e FAB3702 terão a designação U-100 na Força Aérea Brasileira. O U é parte do código americano de designações de aeronaves militares, que é utilizado pela FAB e outras forças no mundo, e significa “Utility”, categoria Utilitário em português.
Designação U-100 já está presente no Phenom (Foto: Thiago Denz / Bizzjetters.net)
Seu indicativos de chamada nas comunicações de rádio foram Guará 01 e Guará 02, já adotando o padrão utilizado pelo seu futuro esquadrão: o 6º Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA), que opera na Base Aérea de Brasília.
A missão do 6º ETA é o transporte leve no centro-oeste brasileiro, levando militares, equipamento e também participando de missões de transporte de órgãos e enfermos. O Phenom 100EV irá substituir os Learjet 35 e 55, designados VU-35 e VU-55.
Feito na América
Embraer Phenom 300 sendo fabricado em Melbourne © Embraer
Segundo o portal AeroEntusiasta, a FAB encomendou quatro jatos e tem opção de compra para mais dois.
Em 2011 a Embraer instalou-se nos EUA com sua fábrica em Melbourne, na costa espacial do estado da Flórida. A cidade de tamanho médio é próxima de vários centros da NASA, incluindo Cabo Canaveral.
De lá começaram a ser fabricados os jatos Phenom 100 e Phenom 300, além dos Legacy 450 e 500, que foram modernizados e tornaram-se o Praetor 500 e o Praetor 600, respectivamente.
Uma versão melhorada do Phenom 100E, o Phenom 100EV leva até 7 passageiros, já que conta com seis assentos na cabine e necessita de apenas um piloto, podendo levar um passageiro no assento da direita no cockpit.
Porém já faz um bom tempo, desde meados de 2016, que a linha Phenom não é mais fabricada no Brasil. Os modelos 100 e 300 são os menores jatos já feitos no país e um dos best-sellers da empresa, tendo até conquistado o título de jato mais entregue no mundo por vários anos seguidos.
A medida foi tomada já que os EUA são o maior mercado da Embraer como um todo, mas principalmente para a linha executiva. Apesar da mão de obra mais cara, a empresa livrou-se de taxas de importações brasileiras, já que os motores, aviônica e a maioria das peças do avião sempre foram americanas, assim como é na maioria de suas aeronaves.
Além disso, incentivos fiscais tanto do governo local quanto a nível federal facilitam a produção e a compra por americanos, por ser um produto “Made In USA” (“Feito na América”). Além dos executivos, a Embraer fabrica nos EUA o avião de ataque A-29 Super Tucano, que se destaca por ter atuado contra terroristas no Afeganistão nos últimos anos.
FONTE: AEROIN
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