Projeto do LABGENE visto em 3D
A Nuclep – Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. foi contratada pela Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. para confeccionar parte do protótipo do reator nuclear que está sendo desenvolvido pela Marinha do Brasil. O protótipo é um modelo do reator que vai equipar o futuro submarino com propulsão nuclear (SN-BR).
O contrato, assinado em Itaguaí (RJ) nesta sexta-feira (11/10), prevê a fabricação, montagem e fornecimento do vaso (cilindro) e estruturas internas de contenção e a fabricação do tanque de blindagem primária do chamado Labgene – Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica, concebido como um protótipo, em terra e em escala real, dos sistemas de propulsão que serão instalados no SN-BR.
Parte essencial do Programa Nuclear da Marinha, o Labgene tem como função permitir a simulação, em condições ótimas de segurança, da operação do reator e dos diversos sistemas eletrônicos a ele integrados, antes de sua instalação no submarino com propulsão nuclear.
Na solenidade de assinatura do contrato, o diretor-presidente da Amazul, Antonio Carlos Soares Guerreiro, salientou o início de uma nova fase para a empresa. “A partir de agora, a Amazul assume a gestão dos contratos em prol da construção do protótipo da planta de propulsão nuclear naval e, futuramente, da seção de propulsão nuclear do submarino Álvaro Alberto, com mão de obra própria, em estreita colaboração com a Marinha, e com parceiros industriais, tais como a Nuclep.”
Detalhe do projeto do reator e seus componentes no bloco 40 do Labgene
Detalhe da parte interna do reator PWR brasileiro
Maquete do reator nuclear naval brasileiro do tipo PWR
Reator Nuclear Naval da MB
Guerreiro destacou também o surgimento de uma parceria estratégica e com potencial sinérgico entre as duas estatais. “Por um lado, a Amazul dedicada a projetos de engenharia, em várias áreas do conhecimento, e, do outro, a Nuclep com uma enorme capacidade industrial”, observou.
O reator nuclear que está sendo desenvolvido no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), no município de Iperó, poderá ser empregado tanto para a propulsão naval quanto para a geração de energia para iluminar cidades. “O Labgene trará um arraste tecnológico com capacidade de beneficiar vários setores, pois a mesma planta poderá ser empregada na geração de energia elétrica para localidades isoladas, em Reatores Modulares Pequenos (Small Modular Reactors – SMR), e na dessalinização de água”, disse Guerreiro.
O presidente da Nuclep, C.Alte Carlos Henrique Silva Seixas, agradeceu a confiança depositada na empresa. “Temos imenso orgulho de assinarmos com a Amazul o contrato para a construção da Seção do Bloco 40 do Labgene, parte essencial do Programa Nuclear da Marinha. A Marinha sempre contribuiu para o desenvolvimento da NUCLEP como indústria de base nacional e para que alçássemos voos altos, que nos permitissem adquirir a expertise tecnológica, representatividade e importância relevantes ao cenário do nosso país. Consolidar mais essa parceria significa muito para nós”, finalizou.
LABGENE e seus equipamentos (clique na imagem para ampliar)
Visão em corte simplificada do SN-BR, futuro submarino brasileiro com propulsão nuclear
FONTE: Marinha do Brasil via Poder Naval
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